A História de Jacó Completa | Quem foi Jacó na Biblia?
A História de Jacó: O Nascimento (Gênesis 25:19-34)
Há muito tempo atrás, em uma terra distante, vivia um homem chamado Isaque. Ele era casado com Rebeca, uma mulher muito especial. Juntos, esperavam por um filho, mas Rebeca não conseguia engravidar. Eles oraram a Deus, e Ele ouviu suas orações.
Um dia, Rebeca sentiu algo diferente em sua barriga. Ela estava grávida! E não apenas com um bebê, mas com dois! Ela sentia os bebês se movendo e se chutando. Deus disse a ela que cada bebê se tornaria uma nação e que o mais novo seria mais forte que o mais velho.
Finalmente, chegou o dia do nascimento. O primeiro bebê a nascer era vermelho e peludo. Eles o chamaram de Esaú. Logo depois, nasceu outro menino, agarrando o calcanhar de Esaú. Por causa disso, eles o chamaram de Jacó.
Os irmãos cresceram juntos, mas eram muito diferentes. Esaú amava caçar e ficar ao ar livre, enquanto Jacó preferia ficar em casa.
Um dia, depois de uma longa caçada, Esaú voltou para casa faminto. Ele viu Jacó cozinhando uma sopa e pediu um pouco. Jacó, sempre esperto, disse que daria a sopa se Esaú lhe desse os direitos de primogênito, que eram muito especiais. Esaú, pensando apenas em sua fome, aceitou o trato.
E assim, por um simples prato de sopa, Esaú trocou algo muito valioso, mostrando como às vezes as escolhas que fazemos podem ter grandes consequências. Além disso quando Esaú tinha 40 anos ele se casou com 2 mulheres hititas pagãs, que desagradou muito Rebeca e Isaque.
Bênção Furtada e Fuga para Padã-Arã (Gênesis 27:1-28:9)
Houve um tempo em que Isaque estava ficando muito velho e seus olhos estavam fracos, não conseguindo enxergar bem. Ele chamou seu filho Esaú, que era um excelente caçador, e disse: “Meu querido filho, por favor, vá caçar algo para eu comer. Depois, vou te dar minha bênção especial.”
Rebeca, que estava perto, ouviu tudo. Ela se lembrou de uma promessa de Deus de que o filho mais novo, Jacó, seria o abençoado. Assim, ela rapidamente chamou Jacó e contou-lhe sobre o plano que tinha em mente. Eles iriam preparar uma comida saborosa para Isaque, e Jacó iria se apresentar como Esaú para receber a bênção.
Rebeca cozinhou a comida favorita de Isaque, enquanto Jacó colocava as roupas de Esaú. Para que ele parecesse ainda mais com Esaú, Rebeca cobriu as mãos e o pescoço de Jacó com peles de animais, tornando-o peludo como Esaú.
Jacó, um pouco nervoso, foi até seu pai com a comida. Isaque, confuso pela voz de Jacó, mas convencido pelo toque das mãos peludas, comeu e depois abençoou Jacó, pensando que ele era Esaú.
Depois de Jacó ter recebido a bênção principal, Esaú retornou de sua caça. Ele também preparou uma deliciosa refeição para seu pai, Isaque, e o levou até ele, esperando ser abençoado. Quando Isaque percebeu o que tinha acontecido, ficou profundamente abalado e disse a Esaú que já havia dado a bênção a Jacó.
Esaú ficou devastado e chorou amargamente, implorando ao seu pai por alguma bênção. Vendo o desespero de seu filho, Isaque o abençoou dizendo que ele viveria longe das ricas terras e que serviria a Jacó por um tempo, mas que chegaria um dia em que ele se libertaria e romperia o jugo de Jacó.
Esaú, embora tivesse recebido uma bênção, estava repleto de amargura e raiva contra Jacó pelo que ele havia feito. Ele começou a alimentar pensamentos de vingança, Rebeca, percebendo o perigo para Jacó, aconselhou-o a fugir para a casa de seu tio Labão, em Padã-Arã, por algum tempo, até que Esaú se acalmasse.
Antes de Jacó partir, Isaque o abençoou novamente e também lhe deu conselhos sobre onde encontrar uma esposa, dizendo-lhe para não se casar com as mulheres cananeias.
Depois que Jacó recebeu a bênção e partiu, Esaú escolheu casar-se com Maalate, uma filha de Ismael, que era filho de Abraão.
Promessa de bênção em Betel (Gênesis 28:10-22)
Após partir de sua casa, Jacó iniciou uma longa jornada. Uma noite, enquanto viajava, ele parou em um lugar chamado Luz para descansar.
Não tinha um travesseiro para apoiar a cabeça, então usou uma pedra. Era um lugar comum, mas aquela noite, algo extraordinário aconteceu.
Ele viu uma escada enorme que ia da terra até o céu! Anjos subiam e desciam por ela, movendo-se entre o céu e a terra. No topo da escada, estava Deus, e Ele falou diretamente com Jacó.
Deus lembrou Jacó das promessas feitas a seu avô, Abraão, e a seu pai, Isaque. Deus disse a Jacó que a terra onde ele estava deitado seria dele e de seus descendentes.
E mais, Deus prometeu que seus descendentes seriam tantos quanto o pó da terra e se espalhariam por todas as direções!
Deus ainda garantiu que estaria com Jacó, o protegeria por onde quer que fosse e o traria de volta àquela terra. Ele prometeu que não deixaria Jacó até que todas aquelas promessas se cumprissem.
Quando Jacó acordou, ele estava maravilhado! Ele pensou: “De fato, o Senhor está neste lugar, e eu não sabia!”
Ele estava tão tocado por este encontro divino que pegou a pedra que usou como travesseiro e a colocou de pé, derramando óleo sobre ela, transformando-a em um pilar para marcar aquele local sagrado. Ele chamou aquele lugar de Betel, que significa Casa de Deus.
Jacó fez uma promessa naquele dia. Ele disse que se Deus estivesse com ele, o protegesse em sua jornada, lhe desse comida para comer e roupas para vestir e o trouxesse de volta em segurança para a casa de seu pai, então o Senhor seria o seu Deus.
E aquela pedra que ele tinha colocado como pilar seria a casa de Deus. Além disso, ele prometeu dar a Deus uma décima parte de tudo o que Deus lhe desse.
E assim, com o coração cheio de esperança e com a certeza da presença e proteção de Deus, Jacó continuou sua jornada.
Labão engana Jacó (Gênesis 29:1-30)
Jacó continuou sua jornada até a terra de seus parentes no leste. Um dia, ele chegou a um poço onde os pastores estavam reunidos com seus rebanhos. Ele perguntou se eles conheciam Labão, seu tio, e para sua alegria, eles apontaram para a filha de Labão, Raquel, que estava chegando com as ovelhas de seu pai.
Ao ver Raquel, Jacó rolou a pedra do poço, deu água ao rebanho de Raquel e, em um gesto de afeição a beijou. Ele contou a Raquel que era parente dela, filho de Rebeca. Ela correu para contar as novidades a seu pai, Labão.
Labão, ao ouvir sobre Jacó, correu ao seu encontro, abraçou-o e o levou para sua casa. Jacó contou a Labão sobre sua história e porque estava ali. Labão o acolheu calorosamente.
Depois de ficar um mês com Labão, este lhe perguntou sobre seu salário, já que Jacó estava trabalhando para ele.
Jacó havia se apaixonado por Raquel, e propôs trabalhar para Labão por sete anos em troca de se casar com ela. Labão aceitou.
Os anos passaram, e o amor de Jacó por Raquel só cresceu. Para ele, os sete anos pareceram apenas alguns dias. No entanto, quando finalmente chegou o dia do casamento, Labão enganou Jacó.
Em vez de Raquel, ele deu a Jacó sua filha mais velha, Lia, como esposa. Labão justificou-se dizendo que não era costume casar a filha mais nova antes da mais velha.
Jacó ficou desapontado e triste com o engano, mas Labão fez uma nova proposta: Jacó poderia casar-se com Raquel se concordasse em trabalhar por mais sete anos. Jacó aceitou, pois seu amor por Raquel era imenso.
E assim, Jacó trabalhou outros sete anos por Raquel. Ele havia sido enganado por Labão, mas, mesmo assim, seu amor e dedicação a Raquel nunca diminuíram. E assim, ele acabou casando-se com ambas as irmãs, lia e Raquel, formando uma família na terra de seu tio Labão.
Nascimento dos filhos de Jacó (Gênesis 29:31-30:24)
a família de Jacó começou a crescer de uma forma que ninguém esperava. O Senhor viu que lia, a esposa mais velha de Jacó, não era tão amada quanto sua irmã Raquel, e Ele abençoou lia permitindo que ela tivesse filhos.
Lia ficou muito feliz quando teve seu primeiro filho e o chamou de Rúben, dizendo: “O Senhor viu minha tristeza, agora meu marido me amará”. Ela teve mais três filhos: Simeão, Levi e Judá, esperando a cada nascimento ganhar mais do amor de Jacó.
Raquel, por outro lado, sentia uma tristeza profunda por não conseguir ter filhos.
Ela clamava ao Senhor e também sentia ciúmes de sua irmã. Um dia, desesperada, disse a Jacó: “Dá-me filhos ou morrerei!”. Mas Jacó ficou chateado com Raquel, lembrando-a de que era Deus quem abria e fechava a madre.
Então, Raquel teve uma ideia. Ela deu sua serva Bila a Jacó, esperando que Bila tivesse filhos em seu lugar. E assim aconteceu. Bila teve dois filhos, Dã e Naftali.
Lia, não querendo ficar para trás, também deu sua serva Zilpa a Jacó. Zilpa também teve dois filhos, Gade e Aser.
Depois de Zilpa ter seus filhos, Lia mais uma vez concebeu e deu à luz um quinto filho. e chamou seu filho de Issacar.
Logo depois, Lia teve outro filho e ela nomeou este filho de Zebulom.
Depois de algum tempo, Deus lembrou-se de Raquel e ouviu suas orações.
Ela finalmente teve um filho, um menino a quem chamou de José, dizendo: “Deus tirou a minha vergonha”. Ela desejava ter outro filho, dizendo: “Que o Senhor me acrescente outro filho!”.
Nascimento dos rebanhos de Jacó (Gênesis 30:25-43)
Após o nascimento de José, Jacó decidiu que era hora de voltar para sua terra natal. Ele pediu a Labão para liberá-lo e permitir que ele retornasse com sua família.
Mas Labão, percebendo o quanto havia sido abençoado por causa de Jacó, tentou convencê-lo a ficar.
Jacó fez uma proposta ele cuidaria dos rebanhos de Labão e, em troca, ficaria apenas com as ovelhas listradas, malhadas e escuras, e os cabritos manchados e malhados.
Parecia um acordo injusto, já que esses tipos de animais eram raro. Mas Jacó tinha um plano. Ele usou ramos de álamo, amendoeira e plátano, e os descascou de maneira que ficassem listrados e manchados. Colocou os ramos nos bebedouros, de modo que quando os animais mais fortes fossem beber água e se acasalarem, olhassem para os ramos e dessem à luz filhotes listrados, manchados e malhados.
De alguma forma, esse método inusitado funcionou, e com o tempo, Jacó construiu seu próprio rebanho robusto, enquanto os de Labão tornaram-se mais fracos. A riqueza de Jacó cresceu enormemente, ganhando não apenas rebanhos, mas também servos, camelos e jumentos.
Jacó engana Labão (Gênesis 31:1-55)
Enquanto Jacó vivia e trabalhava para Labão, ele notou que os olhares do tio e de seus filhos não eram mais tão amigáveis. Os murmúrios aumentavam: Jacó, o estrangeiro, estava se tornando rico às custas de Labão. No entanto, a verdade era que Deus estava abençoando Jacó, assim como havia prometido.
Em meio a essas tensões, Deus veio a Jacó em um sonho. Ele instruiu Jacó a retornar à terra de seus antepassados. No sonho, Deus também revelou a Jacó como Ele havia intervido nas questões do rebanho para que Jacó prosperasse, apesar das contínuas tentativas de Labão de enganá-lo.
Labão havia mudado o salário de Jacó dez vezes, sempre tentando tirar vantagem. No entanto, Deus, em sua justiça e misericórdia, estava ao lado de Jacó.
Jacó, percebendo a necessidade de partir, reuniu suas esposas, lia e Raquel, e compartilhou tudo o que havia ocorrido e as instruções que recebeu de Deus.
As duas, também sentindo-se injustiçadas pelo próprio pai, concordaram em partir com Jacó.
Em segredo, Jacó reuniu sua família e seus bens e começou sua jornada de volta à sua terra natal. Contudo, antes de partirem, Raquel, talvez por uma ligação sentimental ou outra razão, roubou alguns dos ídolos de seu pai.
Labão, ao descobrir a partida repentina de Jacó, saiu em perseguição e os alcançou sete dias depois, no monte de Gileade. Deus, no entanto, advertiu Labão em um sonho para que não causasse mal a Jacó.
Quando Labão confrontou Jacó, ele questionou sobre os ídolos roubados. Jacó, sem saber do ato de Raquel, desafiou Labão a encontrar os ídolos, declarando que quem quer que os tivesse roubado deveria morrer. Labão procurou, mas não encontrou, porque Raquel os escondeu e usou de astúcia para mantê-los ocultos.
Jacó, então, expressou toda a sua frustração, mencionando as vezes que Labão havia abaixado seu salário e as injustiças que sofreu. Apesar das tensões, ambos perceberam a necessidade de firmar um pacto de paz.
Eles ergueram uma coluna de pedra como testemunho de seu acordo: Jacó não tomaria outras esposas além das filhas de Labão e nenhum deles faria mal ao outro.
Ao amanhecer, Labão beijou seus netos e filhas, abençoou-os e retornou à sua terra, enquanto Jacó continuou sua jornada, guiado pela proteção divina.
Luta por bênção em Peniel (Gênesis 32:1-32)
A viagem de Jacó estava prestes a ter um início extraordinário. Ele ergueu os olhos e viu algo incrível: anjos de Deus! Eles estavam indo e vindo, como se estivessem protegendo o caminho de Jacó. Maravilhado com a visão, Jacó chamou aquele lugar de Maanaim, que significa dois campos, pois parecia que um exército celestial estava acampando ali com ele.
Mesmo com a proteção dos anjos, o coração de Jacó estava cheio de preocupação, pois sabia que logo encontraria seu irmão Esaú. Ele enviou mensageiros à frente, esperando fazer as pazes com Esaú.
Mas o retorno dos mensageiros deixou Jacó ainda mais apreensivo: Esaú estava vindo ao seu encontro com quatrocentos homens!
Jacó, então, traçou um plano para proteger sua família.
Dividiu todos – esposas, filhos e rebanhos – em dois grupos, esperando que, se Esaú atacasse um deles, o outro pudesse escapar.
Após a notícia de que Esaú estava a caminho com quatrocentos homens, Jacó foi dominado pelo medo e pela angústia.
Ele, então, se voltou para Deus em oração. Com humildade, Jacó relembrou as promessas que Deus fizera a ele e pediu proteção contra a possível ira de Esaú. Ele reconheceu que todas as bênçãos e bondades que recebera eram graças à generosidade de Deus.
Para tentar apaziguar seu irmão, Jacó enviou presentes à frente: rebanhos de cabras, ovelhas, camelos, vacas e jumentos, todos entregues aos cuidados de seus servos. Ele esperava que, ao ver os presentes, Esaú pudesse acalmar seu coração.
Naquela noite, após o envio dos presentes, Jacó ficou sozinho, e foi aí que algo surpreendente aconteceu. Um homem celestial misterioso apareceu e começou a lutar com ele.
Eles lutaram intensamente, e, ao perceber que não conseguia vencer Jacó, o homem tocou sua coxa, a deslocando.
Com o primeiro raio de sol surgindo, o homem disse: “Deixe-me ir”. Mas Jacó, determinado, respondeu: “Não te deixarei ir a menos que me abençoes”.
Jacó foi abençoado e teve seu nome mudado para Israel, marcando uma nova fase em sua vida.
Após a luta, Israel chamou aquele lugar de , reconhecendo que tinha visto Deus face a face.
A identidade exata do homem celestial misterioso com quem Jacó lutou não é explicitamente revelada na biblia, no entanto, Jacó compreendeu que aquele ser era uma manifestação de Deus.
Assim, alguns argumentam que o ser celestial era uma prefiguração de Deus ou do próprio Cristo.
Um fato curioso é que No contexto cultural do Antigo Oriente Médio, a prática de colocar a mão sob a coxa de outra pessoa durante um juramento ou um trato tinha um significado profundo.
E Durante a luta, a coxa de Jacó foi deslocada, E ao ser questionado sobre seu nome, Jacó responde honestamente.
Ao homem misterioso ter deslocado a coxa de jacó, ele possivelmente lembrou do dia que roubou a benção de seu irmão se passando por Esaú.
No entanto, após reconhecer seu nome e identidade, Deus muda seu nome para Israel, que significa luta com Deus, marcando uma transformação em sua identidade e destino.
E Com uma nova identidade e uma bênção renovada, ele estava pronto para o encontro com Esaú, confiando no amor e na proteção de Deus.
Presente restaurado e retorno a Siquém (Gênesis 33:1-20)
Havia um ar de ansiedade pairando sobre Jacó, pois o dia do reencontro com seu irmão Esaú estava próximo.
Com a aproximação de Esaú e seus 400 homens, Jacó organizou sua família, colocando as servas e seus filhos na frente, Lia e seus filhos depois, e Raquel e José por último.
O coração de Jacó batia forte enquanto ele avançava em direção a Esaú. Então, em um gesto inesperado, ele se prostrou sete vezes no chão antes de chegar a seu irmão.
Mas em vez da hostilidade esperada, Esaú correu ao encontro de Jacó, abraçou-o, beijou-o e ambos choraram. Era o reencontro de dois irmãos que, apesar das desavenças passadas, ainda compartilhavam um amor fraterno.
Jacó, querendo mostrar sua boa vontade e arrependimento, ofereceu a Esaú um presente generoso: rebanhos de cabras, ovelhas, camelos, bois e jumentos. Mas Esaú, com o coração amolecido, recusou, dizendo que já tinha o suficiente. Jacó insistiu, e Esaú finalmente aceitou.
Os irmãos conversaram e decidiram seguir caminhos separados por enquanto, com Esaú retornando a Seir e Jacó seguindo para Sucote.
Em Sucote, Jacó construiu uma casa para sua família e fez abrigos para seus animais.
Mais tarde, Jacó viajou para a cidade de Siquém, na terra de Canaã, onde comprou um pedaço de terra e ergueu um altar para Deus, a quem chamou de “Deus, o Deus de Israel”, em homenagem ao novo nome que Deus lhe deu.
E assim, após anos de conflitos e separação, os caminhos de Jacó e Esaú finalmente encontraram paz.
E Jacó, agora chamado Israel, estabeleceu-se na terra prometida a seus antepassados, pronto para começar um novo capítulo em sua vida com Deus ao seu lado.
Diná, engano, e contenda com os heveus (Gênesis 34:1-31)
Um dia, Diná, a filha de Jacó e Lia, decidiu visitar as mulheres da cidade. No entanto, durante sua visita, Siquém, filho do líder da cidade que também se chamava Siquém, viu Diná e apaixonou-se por ela.
Infelizmente, ele agiu de forma impulsiva e a levou à força, cometendo um grave erro contra ela.
Após o ocorrido, Siquém não conseguiu esconder seus sentimentos e expressou seu profundo amor por Diná, pedindo a seu pai que a conseguisse para ele como esposa.
Logo, Hamor, pai de Siquém, foi até Jacó para discutir o casamento. Quando os irmãos de Diná souberam o que havia acontecido, ficaram furiosos.
Hamor tentou acalmar os ânimos, propondo não apenas o casamento de Siquém com Diná, mas também sugerindo casamentos entre seu povo e os israelitas, a fim de formarem um só povo.
Siquém, desesperado para se casar com Diná, até prometeu pagar qualquer dote que lhe fosse pedido.
Os filhos de Jacó, fingindo concordar com a proposta, disseram que só aceitariam se todos os homens heveus se circuncidassem. Siquém e Hamor concordaram e convenceram os homens da cidade a fazer o mesmo.
No entanto, enquanto os homens da cidade se recuperavam da circuncisão e estavam mais vulneráveis, Simeão e Levi, dois dos irmãos de Diná, atacaram a cidade de Siquém com espadas, matando todos os homens, incluindo Siquém e Hamor. Eles resgataram Diná e levaram consigo mulheres, crianças e bens.
Ao retornarem, Jacó repreendeu seus filhos, preocupado com as consequências de suas ações e temendo retaliações dos povos vizinhos.
Mas os irmãos, firmes em sua decisão, responderam: “Acaso deveria ele tratar nossa irmã como uma prostituta?”.
E assim, a família de Jacó viveu um dos momentos mais conturbados de sua história, mostrando o poder das emoções e as consequências de decisões impensadas.
Bênção e trabalho no nascimento (Gênesis 35:1-29)
Numa bela manhã, Deus apareceu novamente a Jacó e lhe deu uma missão:
Vá para Betel e estabeleça-se lá. Faça um altar para honrar o Deus que apareceu a você quando estava fugindo de seu irmão Esaú.
Jacó, sabendo da importância desse chamado, pediu à sua família que se livrasse de todos os ídolos estrangeiros, se purificassem e trocassem suas roupas. Ele sabia que precisava estar em perfeita sintonia com Deus.
Ao chegarem a Betel, Jacó construiu um altar e chamou o lugar de El-Betel, pois foi ali que Deus se revelou a ele quando estava fugindo de Esaú.
Deus apareceu mais uma vez a Jacó, o abençoou e reafirmou que: “Seu nome não será mais Jacó, mas Israel”. Ele também reiterou a promessa feita a Abraão e Isaque, de que seus descendentes seriam numerosos e se tornariam uma grande nação.
Em meio a tantas bênçãos, a família de Israel também enfrentou momentos difíceis.
Enquanto viajavam para Efrata, Raquel, esposa amada de Israel, entrou em trabalho de parto. Ela deu à luz um menino, mas as complicações do parto foram demais para ela.
Antes de partir, Raquel nomeou seu filho de Benoni, que significa filho da minha tristeza. Mas Israel, talvez para não lembrar da tristeza daquele momento, chamou o menino de Benjamim, filho da minha mão direita.
Infelizmente, Raquel faleceu após o parto e foi enterrada no caminho para Efrata, que é Belém. Israel construiu um monumento sobre seu túmulo.
Em Gênesis 31:19, Raquel rouba os ídolos de seu pai.
Jacó, sem saber o que Raquel fez, proclama: Com quem quer que encontres os teus deuses, essa pessoa não viverá.
Mesmo que a maldição de Jacó não tenha causado diretamente a morte de Raquel, essa interpretação pode servir como uma reflexão sobre o poder das palavras e a importância de proferir palavras com cuidado e consideração.
Israel continuou sua jornada e acampou além da torre de Eder. Durante sua estadia, seu filho mais velho, Rúben, cometeu uma grave falta deitando-se com a concubina de seu pai, trazendo tristeza ao coração de Israel.
Finalmente, Israel retornou à casa de seu pai, Isaque, em Hebrom. Lá, teve a oportunidade de se reunir com seu pai antes de sua morte.
Isaque viveu 180 anos e foi sepultado por seus filhos, Esaú e Israel, unindo-se assim aos seus antepassados.
Após os eventos tumultuados em suas vidas, os caminhos de Jacó e Esaú começaram a se separar ainda mais.
Esaú, estabeleceu-se na região montanhosa de Seir. Ele tinha muitos filhos e netos, que se tornaram líderes de suas próprias tribos e clãs. Com o tempo, os descendentes de Esaú formaram o poderoso reino de Edom, que se localizava ao sul de Canaã.
Jacó se estabeleceu em Hebrom, a terra de seu pai Isaque. Lá, ele viveu com seus doze filhos.
Jacó sempre teve um carinho especial por José, seu filho com Raquel. Este favoritismo era evidente, e ele presenteou José com uma túnica multicolorida, símbolo de sua afeição. No entanto, esta túnica se tornou uma fonte de ciúmes e ressentimento entre os irmãos.
O fato de José ter sonhos proféticos, nos quais seus irmãos se inclinavam perante ele, só aumenta a tensão. Um dia, enquanto os irmãos estavam cuidando dos rebanhos em Siquém, Jacó enviou José para verificar como eles estavam. Vendo a oportunidade, os irmãos tramaram contra José.
Inicialmente, planejaram matá-lo, mas Ruben, o irmão mais velho, interveio, sugerindo que o jogassem em um poço, com a intenção secreta de resgatá-lo mais tarde. No entanto, antes que Ruben pudesse agir, os irmãos viram uma caravana de mercadores ismaelitas e decidiram vender José como escravo.
Os irmãos, então, mancharam a túnica de José com sangue de cabra e a mostraram a Jacó, levando-o a acreditar que seu filho amado havia sido morto por um animal selvagem. Jacó ficou inconsolável.
No Egito, José foi vendido a Potifar, um oficial de Faraó. Mesmo enfrentando adversidades, José prosperou e ganhou a confiança de seu mestre. o Faraó nomeou José como governador do Egito para preparar o país para os anos de fome vindouros.
Quando a fome atingiu, afetou não apenas o Egito, mas também Canaã. Jacó, ouvindo que havia alimento no Egito, enviou seus filhos para comprar grãos. Eles não reconheceram José, mas ele os reconheceu. Após testá-los em várias ocasiões e assegurar-se de seu arrependimento, José se revelou a eles em um emocionante reencontro.
Jacó, ao ouvir que José estava vivo, foi com sua família para o Egito. O reencontro entre pai e filho foi comovente. Em seus últimos dias, Jacó foi abençoado com a oportunidade de conhecer seus netos, Efraim e Manassés, filhos de José.
José levou seus dois filhos para receberem a bênção de seu avô. Jacó, já idoso e com a visão debilitada, ele fez algo que deixou josé surpreso. Ele cruzou seus braços, colocando sua mão direita sobre a cabeça do mais jovem, Efraim, e sua mão esquerda sobre Manassés, o primogênito. José tentou corrigir a posição das mãos de seu pai, mas Jacó insistiu, profetizando que Efraim se tornaria um povo maior e mais forte do que Manassés, apesar de ser o mais novo.
José permaneceu ao lado de seu pai durante seus últimos momentos. Jacó, sentindo que seu tempo estava próximo, chamou todos os seus filhos e os abençoou, dando a cada um uma palavra sobre seu futuro. Ele fez um pedido especial a eles: que não o sepultassem no Egito, mas na terra de seus antepassados, na Caverna de Macpela em Canaã, onde Abraão e Sara, Isaque e Rebeca estavam enterrados, e onde ele havia sepultado Lia.
Quando Jacó faleceu, todo o Egito lamentou sua morte. José e seus irmãos cumpriram o desejo de seu pai e o levaram para ser sepultado em Canaã, honrando-o com um grande cortejo fúnebre.
Espero que você tenha gostado desta incrível jornada através da vida de Jacó e Esaú.
FAQs (Perguntas Frequentes: A História de Jacó Completa | Quem foi Jacó na Biblia?)
1. Quem foram Jacó e Esaú? Jacó e Esaú eram irmãos gêmeos mencionados na Bíblia Hebraica/ Antigo Testamento. Eles eram filhos de Isaque e Rebeca e netos de Abraão e Sara.
2. Por que Esaú vendeu seu direito de primogenitura a Jacó? Esaú vendeu seu direito de primogenitura a Jacó por um prato de lentilhas. O ato é frequentemente interpretado como Esaú desprezando sua herança e direitos de primogênito por satisfação imediata, enquanto Jacó é visto como alguém que valorizava e desejava as bênçãos a longo prazo.
3. Como Jacó obteve a bênção de seu pai destinada a Esaú? Jacó, com a ajuda de sua mãe Rebeca, enganou Isaque, que estava velho e quase cego, fazendo-o pensar que ele era Esaú. Jacó colocou peles de cabras em seus braços e no pescoço para imitar o irmão peludo e recebeu a bênção de Isaque, que era destinada a Esaú.
4. Qual foi a consequência da trapaça de Jacó? A consequência imediata foi a fuga de Jacó para evitar a ira de Esaú, que ameaçou matá-lo. Isso levou Jacó a uma jornada que o transformaria espiritualmente. A longo prazo, houve a reconciliação dos irmãos, mas as tensões entre suas descendências continuaram na história bíblica.
5. Como Esaú reagiu ao saber que Jacó havia roubado sua bênção? Esaú ficou furioso e planejou matar Jacó após a morte de seu pai Isaque. Rebeca, ao saber dos planos de Esaú, aconselhou Jacó a fugir para a casa de seu tio Labão.
6. A história tem algum significado simbólico? Sim, a história de Jacó e Esaú é rica em simbolismo. Ela reflete temas como a disputa fraternal, as consequências de ações enganosas, a importância da bênção e direito de primogenitura, e a soberania de Deus na escolha de indivíduos para cumprir Seus propósitos.
7. Os descendentes de Jacó e Esaú tornaram-se nações? Sim, de acordo com a tradição bíblica, os descendentes de Esaú tornaram-se os edomitas, enquanto os de Jacó (que mais tarde teve seu nome mudado para Israel) tornaram-se as doze tribos de Israel.
8. Onde posso encontrar a história de Jacó e Esaú na Bíblia? A história de Jacó e Esaú é encontrada principalmente no livro de Gênesis, capítulos 25-33.
9. Qual é a lição principal da história de Jacó e Esaú? Uma das principais lições é que as ações impulsivas e a falta de visão de longo prazo podem ter consequências duradouras. Também é uma lição sobre a misericórdia e a capacidade de mudança e reconciliação.
10. Jacó e Esaú se reconciliaram? Sim, eles se reconciliaram. Quando Jacó retornou à sua terra natal após anos de exílio, ele temia a reação de Esaú. No entanto, Esaú o recebeu com um abraço, perdoando-o, o que demonstra uma poderosa lição sobre o perdão e a redenção.
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